Nesta terça-feira, 22, os trabalhadores portuários avulsos do Porto de Paranaguá realizam uma paralisação entre 7h e 19h, em adesão ao movimento nacional contra a retirada de direitos trabalhistas.
A ação é organizada pelas principais federações do setor, incluindo a Federação Nacional dos Estivadores, a Federação Nacional dos Conferentes, Patasia e Vigias, e a Federação Nacional dos Portuários.
A mobilização faz parte de um protesto amplo que ocorre em diversos portos brasileiros, em resposta a propostas que, segundo os sindicatos, representam uma ameaça às conquistas históricas da categoria.
Os trabalhadores portuários avulsos, que atuam de forma sazonal e sem vínculo empregatício fixo, estão preocupados com mudanças nas regras que podem impactar diretamente as condições de trabalho, remuneração e direitos garantidos por lei.
Segundo as lideranças sindicais, a paralisação tem como objetivo central garantir a manutenção das atuais condições de trabalho e impedir retrocessos que possam prejudicar a categoria.
Além disso, os representantes dos trabalhadores alertam para a necessidade de diálogo com o governo e o setor empresarial, buscando soluções que atendam tanto aos interesses da classe quanto à viabilidade das operações portuárias no país.
A paralisação dos portuários em Paranaguá deverá gerar um impacto significativo nas operações do porto, considerado um dos principais pontos de escoamento de mercadorias do Brasil. Paranaguá é um dos maiores exportadores de grãos, como soja e milho, além de operar com outros produtos como carnes, veículos e contêineres.
Com a paralisação prevista para durar 12 horas, o fluxo de cargas poderá ser interrompido, afetando não só a logística local, mas também as cadeias de suprimentos nacionais e internacionais.
O retorno das atividades normais no Porto de Paranaguá está previsto para acontecer a partir das 19h do mesmo dia.